Wednesday, October 20, 2004

Aula. fantasmas

Bom, primeiro um comentário: achei o texto excepcional, que provoca meu olhar de reflexão a diversas instâncias do que vivemos no momento atual. E sobre esse atual me refiro sobreturo ao momento em que vivemos em sociedade e na na sala de aula.

E justo com base nessa reflexão eu gostaria de propor começar pelo final, e aí reproduzo alguns trechos do texto de Barthes:

"Se portanto, nesse ensino que, por seu próprio lugar, nada é chamado a sacionar senão a fidelidade de seus ouvintes, se ..."

"Pois o que pode ser opressivo num ensino não é finalmente o saber ou a cultura que ele veicula, são as formas discursivas através das quais ele é proposto."

" É a um fantasma dito ou não dito que o professor deve voltar anualmente, no momento de decidir sobre o sentido de sua viagem; desse modo, ele se desvia do lugar em que o esperam, que é o lugar do Pai, sempre morto, como se sabe; pois só o filho tem fantasmas, só o filho está vivo."

Topam discutir esse fantasma?

1 Comments:

Blogger tudoaoamesmotempoagora said...

Cristina,
Pensando na forma discursiva por meio da qual o conhecimento é construído, o q. as pesquisas s/ Análise do Discurso de sala de aula mostram é, ainda, o predomínio da estruturação I-R-A (Iniciação, Resposta, Avaliação), controlada pelo professor, que, propõe uma questão, pede a um aluno (ou alunos) q. responda(m) e, em seguida, sinaliza para este se a resposta está correta. Esse tipo de interação discursiva estaria unicamente orientado p/ a resposta certa e favoreceria apenas a construção de um conhecimento ritualístico (ou procedimental), que não exigiria do aluno focalizar a validade e/ou o princípio orientador em que estaria baseada a sua resposta. Assim, essa organização discursiva (I-R-A)não privilegiaria a construção do conhecimento de princípio (ou baseado em princípios), com foco na autonomia do aprendiz, na construção do conhecimento comum em sala de aula (cf. Edwards & Mercer, 1986 e Moita Lopes, 1996).
A propósito, ambos os textos são superinteressantes sob o enfoque do fazer pedagógico. O primeiro texto é da área de Psicologia e o segundo da Lingüística Aplicada.
Marcia Telesca

October 27, 2004 at 4:13 PM  

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