Wednesday, October 27, 2004

Aula.fantasmas e medos

O texto é realmente instigante. Faz-nos repensar a visão de ensino como atividade unidirecional, não-interativa. Nesse enquadre, pensamos ensinar o q. aprendemos e/ou o que consideramos importante e pertinente, quase sempre presos aos modelos e conteúdos conhecidos (e mais seguros) q. nos "assombram" e nos impedem de exercer livremente o nosso ofício de mestres. Deixar brotar o saber, no "encontro" pedagógico com o outro pode ser uma forma de enfrentar os fantasmas do medo, da rotina, da mesmice. Nesse sentido, perder o controle poderia representar q. nossas aulas ganhassem mais vida e mais sentido.
Marcia Telesca

1 Comments:

Blogger tudoaoamesmotempoagora said...

O texto para mim foi um presente,pois, atualmente tenho me debruçado sobre os estudos da linguagem. Devo confessar que por vezes entro em crise epistemológica, por outras, de sentido, sendo esta última, uma busca constante.
Explicando melhor : As coisas para mim sempre tiverem que, primeiro fazer sentido, para então eu aceitar o que elas me sugerem. Penso que com os alunos não seja diferente. “O saber ou a cultura que o ensino veicula” como diz Barthes, em minha opinião, não pode ser dado pois, o sentido nunca é dado mas sim construído, na mais pura interação, numa relação sujeitoobjeto, inseparáveis, um conhecendo ao outro, interferindo no outro, numa relação que minha fundamentação teórica chamará de intersomaticidade.

Quanto à “opressão das formas discursivas”, estou de pleno acordo, pois o mundo não se resume na linguagem verbal, na escrita . Outras formas de linguagem saltam aos nossos olhos todos os dias : os gestos dos alunos, suas expressões faciais, a entonação da voz, a forma como sentam às carteiras, a forma como inclinam o olhar – isso só para citar algumas.
Então, acredito que o professor para entrar em conjunção com essas formas discursivas, deve mudar também o seu olhar para o mundo. Numa tentativa de descongelar o nosso olhar, numa busca constante do olhar do pesquisador, finalizo esse comentário parafraseando Maurice Merleau-Ponty : “devemos reaprender a ver o mundo”.
Nazareth Pirola

October 30, 2004 at 2:56 PM  

Post a Comment

<< Home